Património e Conservação no Vale do Côa

Uma Aldeia Histórica, um alojamento de sonho, um património arqueológico único e uma reserva natural inspiradora. Esta “Viagem de dentro para fora” leva-nos até Castelo Rodrigo e ao Vale do Côa, dois lugares que já se tornaram ponto de passagem anual obrigatório nas minhas andanças por Portugal.

  • Data: 24 – 26 Setembro
  • Nº Participantes: Mínimo 6 / Máximo 10

Quando fiz voluntariado na Reserva da Faia Brava fiquei muito inspirada com o enorme trabalho de conservação e recuperação de espaços para a natureza que fazem. Soube no momento que queria “espalhar a palavra” e divulgar o lugar e os seus projectos. Depois disso, ao visitar os sítios arqueológicos do Vale Do Côa, deixei-me encantar ainda mais por esta região, tão rica em história e património cultural e natural. Esta viagem foi pensada para dar a conhecer estes lugares tão importantes e inspiradores, usando como base um alojamento que, para além de lindo, promove os mesmos valores.

Dia 1: Boas-vindas à Casa da Cisterna e passeio por Castelo Rodrigo

Situada na encosta da Aldeia Histórica de Castelo Rodrigo, paredes meias com muralhas centenárias, o nosso alojamento para estes dias foi buscar o seu nome à velha cisterna que em tempos idos serviu de depósito de água ao povoado. A piscina, voltada para uma paisagem a perder de vista é uma homenagem a este monumento e é em torno dela que se distribuem as várias casas recuperadas que constituem os quartos.

Os nossos anfitriões, Ana e António, biólogos, não só criaram aqui um espaço lindo e acolhedor, carregado de detalhes, como são voz e mão activa na defesa do património natural e cultural da região.

O check-in poderá ser feito a partir das 16h. Dependendo da hora de chegada dos participantes, podemos fazer um passeio relaxado pela aldeia, conhecer as ruínas do castelo, descobrir alguns recantos especiais e fazer um lanche ajantarado enquanto o sol se põe à nossa frente. 

Dia 2: Museu e Parque Arqueológico do Vale do Côa

Sabiam que o Parque Arqueológico do Vale do Côa, para além de Património Mundial pela Unesco, é o maior conjunto mundial de arte paleolítica ao ar livre? Este vai ser o dia para descobrirmos parte dele e a sua apaixonante história .

Depois de um abundante pequeno-almoço, deslocamo-nos a Vila Nova de Foz Côa. No Museu do Côa, mudamo-nos para viaturas de todo terreno, de modo a fazer o percurso de terra batida que nos permite chegar ao sítio de arte rupestre da Ribeira de Piscos. Aqui, fazemos uma caminhada ao longo da embocadura desta ribeira com a margem esquerda do rio Côa, visitando várias rochas icónicas e únicas da arte rupestre do Paleolítico. A visita será feita com guia do museu, de modo a melhor compreender a importância desta herança arqueológica e cultural.

De volta ao museu, almoçamos com vista para o Douro, o Côa e o relevo ondulante das vinhas que os ladeiam. O restaurante do museu já se tornou uma merecida referência da zona e é ponto de encontro não só dos visitantes como de muitos dos habitantes da região.

Depois do almoço, visitamos livremente o museu para perceber e integrar toda a história do parque, do Paleolítico até aos tempos modernos. Para além disso, o edifício é uma obra arquitectónica impressionante e um grande exemplo de boa inserção na paisagem.

Voltamos a Castelo Rodrigo a meio da tarde, com tempo para descansarmos e aproveitar os espaços acolhedores da Casa da Cisterna. Se a meteorologia for simpática, quem sabe até dar um mergulho na piscina. Quem não tiver chegado a tempo no dia anterior, poderá explorar a aldeia. Encerramos o dia com um maravilhoso jantar preparado na Casa.

Para aqueles mais interessados em ver o Parque Arqueológico de uma perspectiva diferente, poderá ser organizada uma visita nocturna ao sítio da Penascosa (opcional).

Dia 3: Caminhada guiada na Reserva da Faia Brava

A Faia Brava é a única Área Protegida Privada do país. São 1000 hectares dedicados exclusivamente à conservação da natureza. Foi há 20 anos que a Associação Transumância e Natureza adquiriu a primeira parcela de terreno, com o objectivo de proteger um casal de águias de Bonelli. A importância destas escarpas na protecção de aves em perigo de extinção estende-se também aos abutres do egipto ou britangos. Nestas duas décadas o espaço foi crescendo, sempre com o objectivo de criar espaços para a Natureza, para que todas as espécies de fauna e flora possam viver na harmonia que teriam, não tivessem sido alteradas pela intervenção humana.

Passamos a manhã com guias da associação para uma caminhada guiada pela reserva, onde ficaremos a conhecer não só o lugar mas todo o trabalho da associação. Vamos maravilhar-nos com o voo das grandes aves rapinas que dominam os céus. As manadas de Cavalos Garranos e de Vacas Maronesas que vivem livremente na área da Reserva fazem-nos recuar 20000 anos, no tempo em que dominavam o Vale do Côa e onde a sua elegância e importância foi registada de forma sublime nas gravuras que integram o Parque Arqueológico do Vale do Côa. Atravessamos o coração da Faia Brava com paragens estratégicas em belíssimos miradouros onde será possível apreciar a paisagem e conhecer de perto a vida e a história da Reserva.

No final da visita, para fechar com chave de ouro, espera-nos um piquenique delicioso para que possamos aproveitar ao máximo os últimos momentos de um fim de semana de exploração e inspiração neste nosso território único.


Valor: 300€

Inclui:

  • Duas noites em quarto duplo/twin partilhado.
  • 2 pequenos-almoços, dois almoços e um jantar (sábado).
  • Visita guiada ao Sítio de Arte Rupestre da Ribeira de Piscos.
  • Entrada Museu do Côa.
  • Visita guiada à Reserva da Faia Brava.
  • Acompanhamento da Filipa durante toda a viagem.

Exclui:

  • Bebidas alcoólicas.
  • Visita nocturna a Penascosa.
  • Outras actividades não mencionadas no programa.
  • Transportes. Poderás solicitar transporte desde a estação de comboio do Pocinho ou  de autocarro de Rabacal ou Vila Nova de Foz Côa e a Filipa vai-te buscar e levar às mesmas. Custo adicional de 25€ por pessoa.

Perguntas Frequentes:

  • Como é o alojamento?

No contexto actual de pandemia  de COVID-19 serão sempre escolhidos alojamentos que cumpram com as normas da DGS e OMS, nomeadamente no afastamento das camas em 2 metros, higienização dos quartos e casas de banho e medidas de afastamento e higienização dos espaços comuns.

Na Casa da Cisterna ficamos em quarto twin partilhado, com WC privado. Existe a possibilidade de ficar em single, com um custo extra. 

  • Como são as refeições?

Considerando o objectivo destas viagens, são privilegiados restaurantes e pessoas que promovam o uso de ingredientes locais, produzidos com respeito pela natureza e recorrendo à gastronomia regional. Normalmente, a refeição será partilhada por todos, sendo o prato principal o mesmo. Em alguns sítios poderá haver mais possibilidade de escolha. Existem sempre opções vegetarianas.

As bebidas alcoólicas não estão incluídas, mas podem ser adquiridas.

  • As actividades são fisicamente exigentes?

Não. Todas as actividades estão pensadas para ser acessíveis a qualquer pessoa. Não são técnicas nem exigem grande preparação física. Basta apenas que goste de caminhar e actividades ao livre. 

  • Como me posso deslocar até aos lugares?

O transporte até aos alojamentos e entre actividades não está incluído na viagem, com excepção dos veículos todo-o-terreno usados nas visitas guiadas.

No entanto, terei sempre disponível, por um custo extra, um carro ou carrinha, dependendo das necessidades, para facilitar a chegada desde as estações de comboio (Pocinho) ou autocarro (Foz Côa ou Rabaçal) mais perto e as deslocações entre actividades, para quem não tenha veículo próprio.

Poderei também pôr os participantes que venham da mesma região em contacto, caso queiram partilhar a deslocação.