Em 2010, enquanto voltava a minha vida do avesso e me deixava ficar pela Argentina, fui à bruxa. Disse-me ela então que via nas cartas que teria duas carreiras. Uma que deixava para trás e outra que tinha a ver com a minha capacidade para inspirar as pessoas. Achei na altura que isso tinha a ver com o trabalho como coordenadora de voluntários que começava e a medicina dentária, que abandonava . Bem sei, ouvimos o que precisamos de ouvir, mas essa também é a beleza da coisa: se servir para nos dar força para andar para a frente, arriscar o que sabemos à partida ser certo, mas nos assusta, então é a verdade certa, no momento certo.
Passado um ano voltei, com a América do Sul na bagagem. Sem nunca deixar esta vontade de correr mundo para trás, devagarinho fui construindo o caminho que me tem permitido cumprir esse sonho. Já viajei muito. Para longe e sem sair de cá. E já tive mais que apenas essas duas carreiras. Fui voluntária em vários projectos e áreas diferentes, liderei viagens, escrevi artigos e continuo com todas essas actividades. Tenho aprendido tanto! Este blog acompanha essas viagens, interiores e exteriores. Partilha, para inspirar:
A sair do sofá, da cama, do trabalho e ir mais além.
A ir dar um passeio à rua, ir dar uma volta ao bairro, ir à cidade vizinha, ir passar um fim de semana fora, ir dar a volta ao mundo, mas IR.
A ler, muito. Porque cada livro é uma viagem também.
A pedir um prato que nunca se comeu, ouvir uma musica diferente, sorrir a um estranho, dizer bom dia aos vizinhos.
A pensar que mundo queremos deixar, que vida queremos viver.
A reflectir sobre o nosso papel como viajantes nos lugares que visitamos e os projectos que apoiamos.
A encarar o nosso impacto ambiental e social com a responsabilidade que merece.
A encarar todos os dias como uma viagem, com a mesma abertura, a mesma curiosidade, a mesma vontade de ir mais além.
Por isso este blog é feito de pequenos momentos em grandes viagens e momentos enormes ao virar da esquina. São histórias de uma alfacinha em Lisboa, e de uma Lisboeta no Mundo.
«Alfacinhas – A origem da designação perde-se: há quem explique que nas colinas de Lisboa primitiva verdejavam já as “plantas hortenses utilizadas na culinária, na perfumaria e na medicina” que dão pelo nome de alfaces. ‘Alface’ vem do árabe, o que poderá indicar que o cultivo da planta começou aquando da ocupação da Península pelos fiéis de Alá. Há também quem sustente que, num dos cercos de que a cidade foi alvo, os habitantes da capital portuguesa tinham como alimento quase exclusivo as alfaces das suas hortas.
O certo é que a palavra ficou consagrada e, de Almeida Garrett a Aquilino Ribeiro, de Alberto Pimentel a Miguel Torga, os grandes da literatura portuguesa habituaram-se a tomar ‘alfacinha’ por lisboeta.» do Gabinete de Estudos Olisiponenses
Leerte es verme en un espejo… mi espejita lusitana. 🙂
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Owh.:) Gracias. Y mi primero comentario y todo Gastoncito.
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Ler o que tu escreves e como escreves, é como uma música que gostamos muito. Tenho tanto orgulho em ti filha
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Depois do que nos descobrimos no final desta tarde, adorei reencontrá-la por aqui e identifiquei-me com a alma da sua escrita, ou com a escrita da sua alma.
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Muito obrigada! 🙂
É sempre um prazer descobrir outros como nós, que percebem a vida que nos dá este conhecimento do mundo.
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A ouvir a preparação da sua próxima viagem á India,permita-me sugerir-lhe que organize um Grand Ashram,por exemplo em Rishkesh,vai valer a pena.
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Obrigada João Carlos. Desta vez não vou passar por essa zona ou ter tempo para retiro, mas fica anotado para uma próxima.
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Bonito!
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Obrigada!
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