“Este caminho era uma maravilha para fazer de bicicleta.”
A inspiração para esta viagem surgiu da quantidade de vezes que o Borja repetiu esta frase, nas nossas caminhadas quando visitávamos a sua terra, Ourense, na Galiza. Não sempre, mas muitas vezes, caminhando junto ao rio Minho, que a atravessa e continua sereno até à pontinha mais a norte de Portugal onde, passando a ser fronteira, vai desaguar ao Atlântico em Caminha, do lado cá, ou n’A Guarda, do lado de lá.
Sabendo da existência da ecovia do Minho, a partir de Monção, e após repetir a afirmação de novo o Natal passado, decidimos então ir acompanhar o rio Minho, até ao Atlântico, e depois mais. Tínhamos uma semana, dava tempo para seguir costa abaixo, pelo menos até Aveiro. Acabámos por seguir um pouco mais.
Unindo trilhos marcados e outros menos óbvios que o Borja conhecia, estradões e estradas secundárias, ecovias e ecopistas, ciclovias e passadiços, unimos Ourense a Mira, quase sempre com água à vista. Foi uma semana de rios, rias e costa, verde-árvore e verde-vinhas, azul-céu e azul-mar, aldeias, vilas e cidades bonitas, e parques de campismo e alojamentos amigos das bicicletas. Uma semana de alegria e pernas a mexer, apesar da onda de calor que atravessou os dois países nesses dias.
Dia 1 Ourense – Ribadavia 35 km
Ao contrário de outras rotas, decidimos começar com calma, em vez de fazer o primeiro dia à bruta. Sair de Ourense junto ao rio não podia ser mais fácil. Atravessa a cidade e está ladeado por quilómetros de passeios junto às margens. Largos, inclusivos, pedonais e cicláveis, com parques, praias fluviais e termas em barda, até já bem fora da cidade, mas também dentro dela. Acabado o Paseo do Miño, estreitou o caminho, passou a trilho a sério, mas sem grande dificuldade.

Sempre com a água a brilhar à esquerda, pontualmente escondida pelas árvores frondosas, fomos rolando na sombra. Aqui e ali troncos caídos, a mostrar que estávamos já fora da zona mais batida. Tudo transponível, com mais ou menos agachamento.


Entre Santa Cruz e Barbantes já a coisa complicava mais, por isso saímos à estrada nacional. Foram 5 quilómetros rápidos e tranquilos pela ausência de trânsito. Daí em diante foi caminho antes trilhado, agora menos em tons de Outono, mas ainda com mantos de folhas a amaciar a terra, castanheiros, carvalhos, freixos e loureiros a dar a sombra necessária e um caminho largo e serpenteante a acompanhar o rio, aqui largo e ainda mais tranquilo devido à barragem de Castrelo de Miño.


Barbantes, Laias, Razamonde, Trasariz, Sanin, Ventozelo, tudo unido por estes caminhos. Começando a entrar em zona de vinhos, contornámos vinhedos ribeirinhos. Em encostas mais agrestes, junto à linha de comboio, há passadiços. E até um caminho flutuante, por baixo da ponte do comboio e a contornar um braço de rio, permite a circulação ininterrupta.


Em San Paio, onde o embalse faz o rio parecer uma lagoa, saímos e fomos ao encontro de um dos seus afluentes. O Avia, de Ribadavia, nosso destino.

Num dos estradões apanhados, começámos a ver um sinal que acabou por nos acompanhar muitas vezes daí em diante: Camiño Miñoto Ribeiro. Chegámos à hora certa para cañas, tapas e pinchos, rodeados pelas arcadas de pedra da praça principal.
Dia 2 Ribadavia -Monção 70 km
De Ribadavia a Melgaço foram 35 km. Os primeiros 20 foram um prazer.

Pela fresca, na mesma onda do dia anterior: trilhos ribeirinhos, o Minho ou os seus afluentes à vista, a sombra das árvores, um desnível fofinho. Depois, apesar de manter a sombra e as vistas, o desnível começou a apertar, e o calor também. Em Melgaço, às 11 da manhã, já estava esbodegada.
Mas antes, a fronteira mais bonita que cruzei nos últimos tempos. Na pontinha mais a norte de Portugal, em Cevide, a linha de fronteira foge do rio Minho para sudeste e vem cruzar um dos seus afluentes, que do lado de cá se chama Troncoso e do lado de lá Barxas. Depois de uma subida interminável pela estrada, para passar por cima do Minho, ainda na Galiza, e de uma descida abrupta, mas a compensar em beleza entre árvores e muros e pedra, chegámos a uma ponte de madeira.


Ao meio da ponte, um E de um lado, um P do outro. Ninguém à volta, só o ruído da água a passar. Do lado português, uma grande casa de pedra. Foi o posto da guarda-fiscal. Agora é um Airbnb. Por cima dela, uma rua de pedra coberta de videiras e uma estátua de um contrabandista. Há por ali trilhos, de ambos os lados, com ar promissor, para fazer a pé. É sempre assim, a cada aventura acrescentamos mais, à lista de aventuras futuras.
O Camino Miñoto Ribeiro, que estivéramos vindo a seguir, é transfronteiriço. O Miño passa a Minho, o miñoto a minhoto, a inspiração é a mesma. Continuámos por ele quase até Melgaço, empurrando as bicicletas naquele bocado inicial a seguir à ponte, em que a inclinação assustava. Uma rapariga que pintava um muro saudou-nos num português que podia ser galego. Ao dizer que com o calor fazíamos bem em ir assim cedinho, relembrou-nos que ganháramos uma hora.
Cheguei, então, esbodegada a Melgaço. Ainda tentámos ir ao castelo, mas estava fechado. Comemos umas sandes pela parte antiga, enquanto ouvíamos tocar de dentro da Escola e Casa das Concertinas de Melgaço. Seguimos caminho para outra paragem refrescante na sombra do parque das Termas de Melgaço (uma pena o edifício principal estar fechado esse dia), e arrancámos, mais ou menos recompostos. Faltava metade da distância e o calor era mesmo muito, por isso decidimos fazer-nos à estrada, que seguia com menos desnível que tentar acompanhar o rio mais de perto.
Lá fomos, pela antiga Nacional 202, que, com a variante mais moderna ao lado a desviar o trânsito, é uma maravilha para pedalar (não fosse o calor). Entre solares, vinhas a perder de vista, pontes e praias fluviais vistas de longe que acrescentaram lugares à lista de futuros passeios, era coisa para custar muito pouco, mas …já disse que estava muito calor?


Entrámos na cidade pela antiga ponte do comboio, passando pela antiga estação onde começa a ecopista que íamos apanhar no dia seguinte.
Ainda não era hora do check-in, mas felizmente, o quarto que reserváramos já estava disponível. Eram duas da tarde e o ar não mexia. Banho tomado, deixámo-nos ficar com o ar condicionado e as pernas para cima até estar mais fresco. Depois, fomos até à muralha, sobranceira ao rio Minho, virada para a Galiza, na outra margem, e com passadiços que descem até ao passeio ribeirinho e fazem também parte do Caminho Minhoto Ribeiro.

Passeámos, voltámos ao centro para jantar e, antes de ir dormir, voltámos para ver o sol pintar tudo de amarelo. Sem arrependimentos da opção tomada no dia, prometemos voltar para acompanhar o rio mais de perto.

Dia 3 Monção–Viana do Castelo 80 km
Uma ecopista é uma via que resulta da requalificação de uma antiga linha ferroviária, num caminho pedonal ou ciclável. Uma ecovia é também uma via pedonal ou ciclável, que liga áreas de interesse ambiental. A ecopista Monção – Valença e a Ecovia do Minho ligam-se em Valença, fazendo uma rota que é um descanso para as pernas e para os olhos, de Monção a Caminha. 43 km, do pequeno-almoço ao almoço.

A ecopista começa onde termináramos no dia anterior. Na antiga estação de comboio de Monção. Bem conservada, bonita, posto turístico. Custa-me menos ver as estações recuperadas e as antigas linhas aproveitadas para ecopistas, que tudo ao abandono. E sim, dá-me um prazer imenso pedalar por elas. Mas é sempre uma sensação agridoce pensar no bonitas e úteis que eram estas linhas, que deixámos matar. Adiante.
Seguindo então o antigo trajecto da linha do Minho entre Monção e Valença, pedalámos entre árvores, junto a casas, ao lado de vinhas, com o rio à vista a espaços, mas sempre perto. 20 km, tudo a direito, a rolar bem, quais locomotivas.

Na aproximação à muralha de Valença, após dar com a linha activa, ponto último onde chega ainda o comboio (vindo de Viana), há uma pequena montanha-russa. A única inclinação digna de nome do trajecto. Faz-se um ziguezague para contornar e passar a linha e dá-se com o rio de frente, fronteira natural, com a catedral fortificada de Tui a espreitar imponente do outro lado. Eram 10 da manhã. Estavam dois pescadores num barco nas suas lides, um bando de patos de rabinho para o ar, o rio parecia um espelho. Parei para foto, mas principalmente para absorver a calma daquilo tudo.

Continuámos a rodear a muralha, seguindo a ciclovia. A ecopista termina por ali, a ecovia começa depois de um bocadinho de estrada, junto ao ancoradouro de Valença. Daí em diante, coincide com um dos caminhos de Santiago e começámos a ver vários peregrinos a pé, com ar de quem estava prestes a uma insolação. Entre campos de cultivo e parques urbanos ribeirinhos, a sombra ia e vinha, nem sempre abundava. A rolar bem, como íamos, ia-se alternando numa frequência aceitável, mas à velocidade de caminhada, devia ser um martírio.

Em Vila Nova de Cerveira, parámos à sombra para um gelado e começámos a duvidar se chegaríamos a Viana. As pernas iam bem, mas o bafo quente já começava a fazer mossa. Reconsideraríamos em Caminha, durante o almoço, consoante a evolução do ânimo. Como o ânimo não melhorou nem piorou, decidimos ir fazendo. Tínhamos a tenda connosco, nada marcado para essa noite e parques de campismo suficiente pelo caminho para assentar arraiais onde apetecesse. E acabámos por chegar mesmo a Viana.

Dissemos adeus ao Rio Minho, seguindo-o mesmo até já ser mar. Vigiados pelo monte de Santa Tegra, do outro lado da fronteira, fizemos a curva que acompanha a foz do rio, e continua pela costa, numa ciclovia que acaba numa mata por trás das dunas.

Testámos a quantidade de areia do trilho, e, aprovada, seguimos pela sombra dos pinheiros até sair no parque de estacionamento da praia de Moledo.

Daí para frente, coincidiam, mais ou menos claramente, o Caminho de Santiago da Costa, a EuroVelo 1 e a Ecovia do Litoral Norte. Entre ciclovias, passadiços costeiros que permitiam bicicletas, trilhos entre dunas e os três ou quatro graus que a brisa atlântica tirava à temperatura, chegámos a Viana sem sequer pensar em parar pelo caminho.


Já fisgados num mergulho, carregámos as bicicletas no barco para o Cabedelo, largámos tudo no parque de campismo, atravessámos a duna que o separa da praia e fomos congelar os ossos na água do mar.
Cabedelo – Porto 83 km
Depois de muito bendizer a Ecovia do Litoral Norte, muito maldizer. Não a ecovia, mas o que dela não está feito ainda, e não sinalizado. Dez quilómetros de maravilha, seguidos de outros tantos de terror, a empurrar a bicicleta por areia, com 40ºC na cabeça, perdidos entre silvas e milho, num trilho que já não era um trilho.

Ou a sofrer do rabo e dos pulsos, nas mil estradas empedradas com blocos de granito irregulares e esburacados. Seguem-se mais uns quilómetros de tudo direitinho e arranjado, e outros tantos de incógnitas. E assim, intercaladamente, num vai e vem físico e emocional. O que existe de ecovia, é um espectáculo, mas o traçado completo está só em projecto ainda, e tem buracos pelo meio. Principalmente em zonas onde atravessa fronteiras de municípios. É como jogar às escondidas. Sintam-se avisados.

O cansaço era tanto, que quase fizemos batota e apanhámos o metro na Póvoa do Varzim. Mas, depois do pior feito até à hora do almoço, em Santo André, e percebendo que, da Póvoa, o caminho virava mesmo uma ciclovia quase contínua até ao Porto, reunimos coragem, encarámos o bafo infernal e lá pedalámos. Foi uma boa decisão.
Não só o caminho correspondeu, como, chegando a Vila do Conde, até tivemos direito a um nevoeirinho para refrescar. Quase sem querer, descobrimos o Parque Florestal da Reserva Ornitológica do Mindelo, que foi um refúgio de sombra. Esta reserva, a primeira área protegida a ser criada em Portugal, está severamente ameaçada, apesar da sua importância. Pode percorrer-se pelos passadiços que a atravessam, na zona dunar, ou, como fizemos, pelo caminho florestal, mais interior. O caminho de Santiago passa por aí, a EuroVelo1 pela costa.
Passando a ponte de Leça para Matosinhos, estava já practicamente em casa. Cruzámos Matosinhos, passámos a anémona, subimos pelo Parque da Cidade. O Porto é especial por muitas razões e aquele lugar onde se cruzam as minhas muitas vidas. É onde está o quartel-general da Nomad e onde vivem duas das melhores pessoas que a Medicina Dentária me deixou. Em casa da Mariana, recuperámos em energia e amor.
Porto – Furadouro 47 km
Tínhamos tempo e tínhamos tido demasiado calor nos dias anteriores. Decidimos fazer outro dia tranquilo, tornado ainda mais tranquilo pelas ciclovias-que-são-quase-autoestradas junto às praias do norte.
O Porto amanheceu com aquele nevoeiro típico. Uma bênção nessa semana. Felizes e fresquinhos, seguimos o Douro até à Ponte D.Luís I, e depois no sentido inverso, ao longo de Gaia, até ao estuário.

Daí para sul, as tais “autoestradas”. Parámos na praia da Capela do Senhor da Pedra, porque sim. Para beber algo fresco e fazer tempo, ou chegávamos a Esmoriz, onde pensávamos almoçar, cedo demais. Continuámos, ainda meio parvos com tudo aquilo e a diferença da facilidade de circulação das bicicletas ali e, por exemplo, na marginal de Cascais.

Em Esmoriz, contornámos a Lagoa de Paramos e a Barrinha de Esmoriz pelo interior, pelos passadiços, em vez de seguir em frente e atravessar pela ponte. Tínhamos tempo e parecia bonito. E foi.

Demos com a Taberna do Ferrão por acaso, a circular sem pressa a ver de sítio para almoçar. Um acaso tão feliz que durou três horas, um dos melhores (e maiores) arroz de marisco que alguma vez comi e duas garrafas de vinho verde. Ainda bem que estávamos perto do destino e que o caminho foi o que foi.


De Esmoriz a Furadouro vão 13 km de Caminho do Atlântico. E o que este caminho é, aqui, é uma maravilha de ciclovia paralela à estrada, sem nunca a tocar, através de um pinhal. Sombra e zero stress automóvel.

Em meia hora estávamos no passeio da marginal de Furadouro, a fazer check-in no alojamento dessa noite. O resto do dia, acompanhámos a rotina dos muitos veraneantes que por ali encontrámos. Sesta, passeio ao pôr-do-sol e um peixinho grelhado ao jantar.

Furadouro – Costa Nova 40 km
Já sabíamos que acabávamos a viagem daí a dois dias, com uma boleia para Lisboa. Decidimos que seria em Mira, e que faríamos o percurso tranquilamente. Em vez de entrar para Aveiro, decidimos seguir sempre do lado oeste, entre a ria e o mar.
Acordámos com calma. Ao abrir a janela, vimos que não víamos o mar, que estaria mesmo em frente, do outro lado da rua. Pela primeira e única vez nessa semana, vesti mangas compridas, essa manhã. Acompanhando os esperançosos e os resistentes, que montavam toldos e corta ventos na praia, apesar do tempo, fizemos o paredão até ao fim, e despedimo-nos de Furadouro.

Até São Jacinto, foi seguir em frente, pela Nacional 327, sempre encostados à ria. Coincidindo em partes com a EuroVelo1 e a Grande Rota da Ria de Aveiro, às vezes com ciclovia, outras não, programámos a chegada a São Jacinto com tempo para almoçar, antes de apanhar o ferry.


Do outro lado do canal, em Gafanha da Nazaré, há uma ciclovia que percorre toda a avenida do porto, e outra que permite atravessar a ponte da Barra, por onde passa a autoestrada. Podiam ser zonas horríveis (e perigosas) de pedalar, mas por aqui se prova ser possível fazer as estradas a pensar em todos.
Fomos até ao fim do molhe sul da Barra, porque sim, e, voltando à estrada, foram mais três pedaladas até à Costa Nova. O parque de campismo está 2 km para sul da vila, encaixado entre a ria e a duna. É uma maravilha de sombras, com acesso directo à praia, subindo a duna. Montámos a casa e fomos a banhos, num areal quase só para nós.


Porque Julho é como é, conseguimos ir, jantar e voltar da Costa Nova sem precisar das luzes das bicicletas. À volta, vimos o sol pôr-se no mar, já com sabor a despedida.

Costa Nova – Mira 30km
Destes 30, quase 10 foram em voltinhas nas lagoas de Mira. Tínhamos combinado com os pais do Borja almoçar em Mira, onde eles nos iam apanhar de carro, para voltar para Lisboa. Da Costa Nova lá eram menos de 20 quilómetros, sem inclinação. Tínhamos tempo e vontade de explorar um pouco mais.
Continuando pela Grande Rota da Ria de Aveiro, atravessámos a ria em Vagueira e continuámos pela margem oposta, no Caminho do Canal. Depois de Areão, acaba este caminho de terra batida, mas começa uma estrada ligeiramente mais interior, só para ciclistas e peões, paralela à estrada municipal. Foi rolar por ali sem interrupções, até Mira.


Na entrada de Mira, cruzam-se várias pequenas rotas e ciclovias e virámos para o interior, para a que nos levava à Lagoa de Mira, por um caminho entre árvores, paralelo a um dos canais da ria de Aveiro, que abastece a lagoa. Esse caminho, continua pela Avenida Central, sempre com ciclovia paralela, até à lagoa.

Virámos à direita na indicação e, repentinamente, estávamos envolvidos por árvores, de frente para a massa de água verde. Contornámos a lagoa, parando para apreciar os miradouros de madeira, os pescadores e as aves que por ali andavam tranquilas. Demos a volta completa, e fomos sair pelo parque do Hotel Quinta da Lagoa, que ocupa toda uma margem.

No que toca a edifícios, o desenho urbanístico de Mira é uma desgraça. É daquelas cidades costeiras infelizmente típicas, que foram crescendo à medida das necessidades veraneantes, com hotéis, casas, apartamentos e restaurantes sem qualquer semelhança entre eles, ou com o meio circundante e practicamente em cima areia. Mas, a rede de caminhos pedonais e cicláveis é um sonho de mobilidade suave. Fomos da lagoa à Barrinha de Mira quase sem pôr o pé na estrada e, chegados, fizemos render o final da rota, percorrendo a Ebio que a contorna.

Chegava ao fim mais uma rota, acrescentando lagoas às massas de água que vínhamos seguindo. Num misto de satisfação e nostalgia antecipada, arrumámos as bicicletas, mas não as ideias. Essas inspirarão muitas mais viagens.
Na última viagem de bicicleta, os alforges que já tinha “herdado” do Borja com milhares de quilómetros, atingiram o seu limite. Precisava de uns novos, e tive a oportunidade de receber e testar os Riverside TOURING IPX6 24 L, da Decathlon. Teste feito, recomendo.


Foram muito fáceis de montar e adaptar ao porta bagagens, que já tinha.


São resistentes, com fundo rígido, mas muito leves e com várias pegas que facilitam o transporte fora da bicicleta.

Uma das suas melhores características é a total impermeabilidade.

Não a pude testar durante a viagem, porque não choveu, mas para remover a quantidades imensa de pó que trouxeram agarrado dos trilhos, pu-los debaixo do chuveiro, e confirma-se. Nem uma gotinha de humidade do lado de dentro.
Se precisarem de material para as vossas pedaladas (ou qualquer outro desporto), podem clicar no banner abaixo para encomendar. Para vocês é igual e eu ganho uma pequena comissão, que ajuda a financiar todas as aventuras que vou partilhando. Se precisarem de recomendações, a minha caixa de comentários e mensagens está sempre aberta!
Que belas histórias ao longo destes percursos lindíssimos, alguns, já meus conhecidos. A Taberna do Ferrão ficou na memória para uma visita em breve. 🙂
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Obrigada Nelson! Vai lá, vale bem a pena.
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Também é muito bom viajar contigo assim. Parece fantástico o percurso que fizeram. Bjinhos
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Obrigada! Foi muito bom mesmo. Acho que ias gostar 😉
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